sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Da solidão da chuva cortante lembro seus lábios ressentidos.
Que certeza tão meramente desconhecida se faz julgar meus pensamentos destraidos.
Não leve esses dizeres amadores ao caos absoluto.
Não refaça as dores que se encontram na agua do quadrado de vidro na estante.
Que como uma prisão,
mata o peixe
mata a vontade
nem enfeita o caminho
Resolva-se na sua cama, ou me encontre a sua espera.
Fraco e perdido
Sem rumo e desolado.
Tire o prisioneiro do castigo.
Sopre cantigas gloriosas de alegria.
Faça uma historia mais bonita.
Jogue todo amor pela janela, mostre o quanto recíproco é o destino.
Tentado a se repetir
Fardado a se torturar
Condenado a nunca se achar
Estrada que se alonga ao sempre e ao infinito dos olhos vazios e amargurados
Daqueles que cruzamos e imaginamos numca se apaixonar.
Agonia. A voz como um ruido impertinente.
Palavras que não levam a lugar algum.
Um som unico de perfeita sintonia com o NADA implícito em seu olhar.
Sonhos
Ignorados
Depreciados
Calmamente me ergo em direção ao passado pré julgado e condenado.
São as sobras que caiam no meu colo.
Resta conhecer a plenitude que serena pouco a pouco se recua.
Um saber incoerente ao meu dizer.
Das coisas ditas que nunca poderão amanhecer.

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sente-se no canto dos sentidos.
Olhe para as palavras sacrificadas no caminho,
não conte o tempo jogado nas cinzas.
Bagunçe por fora e por dentro.
Faça de meus esforços uma mentira.
Tire de mim a esperança.
Dias ao acaso contidos e permanentes.
um grande nada que se consome.
Pelo lado mais frágil e pela mágoa estirada no tapete.
Não suje mais meus lábios.
Não cante.
Um grande e pesado sentimento.
Aos que ficam sejam rápidos.
Sobras não preenchem.
O recado e a chamada à realidade.
Desejo que venha ao meu encontro,
e diga que a resposta é bem simples.
E contradiga aos sábios que me orientam.
Sonhos malditos, um fardo contido.
Penumbra que invade ao fundo.
Sele toda a dor em seus dedos.
E beije meu rosto ao esquecer.
E finja por varias noites que aquela lua não te disse
o mesmo que eu a ouvi dizer.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Tristeza.
Contido sentido que suporta o
querer.
Mortalidade.
A represa da alma que não
encontra um corpo a
se esconder.
Imprima em suas palavras o
poder.
Não queira.
Desejo...
tão fugaz o corpo a espera
de um beijo.
Que do vão se joga no espaço
que não o impede.
Ter o que consome .
A fome.
Estratégia.
Chegar onde se quer,
por meio e medidas.
Perguntas
cansadas
repetidas.
O eco do eco.
O vazio.
Luz que entra pelo buraco da janela.
Não ilumina
Não vence
A unica chance.
E em cada som
em cada tom.
Um clamor diferente.
Cada vós pede pelo seu propósito.
Todo rumo a seguir leva ao mesmo lugar.
Não seremos a curva e o desvio.
Segue e verá.
Nem todo amor morre no caminho.
Nem toda historia se eterniza.
Pense
Não relute
É assim que termina.......