terça-feira, 31 de maio de 2016

Eu me lembro...

E lá estava eu, não mais que inconsciente diante do pressão que teu olhar me causava, por dias havia imaginado o quão magico poderia ser esse momento. Teria então como explicar o calor que tão pouco conhecia? Pensei então nas pradarias onde jamais corri, e das flores que jamais havia sentido o perfume. Quem poderia me submeter a esta prova do subconsciente se não eu mesmo? Voltei para mim já não estava estático, porem ainda era uma estatua. E se eu não saber pronunciar seu nome, antes tantas vezes cantei letra por letra no canto da sala, escritos no canto da folha, onde teu coração cruzava uma flecha meio torta, onde meu nome e o seu eram separado por uma clave de sol que em nada entonava um acorde romântico. Não sabia coordenar minhas mãos nem mesmo meu piscar, pensei que ficaria cego, que nunca mais voltaria a piscar, que dali me levariam direto pro oftalmologista com sintomas de cegueira causados pela beleza daqueles olhos que estavam logo ali na minha mira. Quando achava que passaria como despercebido, entre outros que não lembro de ter visto mais disseram que eu me fazia de difícil, meu corpo sente a vibração do ar, seus lábios se abriram e fecharam de uma forma tão lenta e segura de si, lembro de meu coração parar por dois segundos e meio, do ar circular meu pulmão, até pude sentir a terra dar uma leve feriada e você disse com sua voz de quem sabia os segredos do universo:
_ OI...

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Seu bosta

Ser copo vazio, humano copo de pinga
basta de vidas perdidas e comemorações injustas
Na maioria das mentes parasitas comuns
Pessoa largada na merda, voz que se julga razão
não passa da porta o teu ego e nem sente do próximo o amor
Ficamos pra trás depois de ontem e jogamos a sorte o agora
De tanto ver teu umbigo veras que não sofre comigo
nem perdoa o vizinho nem mesmo o amigo
Todos contra um, força na pele inquieta 
nada se basta o ato, não ouço palavras reais
enfim meio torto se perde, nas roupas que não vestem 
no ambíguo do outro na boca do próximo
Não olha no espelho não vê a si mesmo
seu inferno esta lá, nos teus olhos 
nas camas de um quarto
na prisão da alma
no fogo de palha.
que se espalha 
que ninguém apaga
e condena quem atiça.

domingo, 8 de maio de 2016

4ever

Toda vida a espera, na busca do todo
e o fim pra chamar de sempre
um todo desenhado de linhas tremulas
Passa ao lado, passo dado ao meu lado
Entre diferenças sem fim, sonhos mantidos acordados
E nenhum toque alem desse, e nenhuma boca alem dessa
Toda festa seria nossa, todo bolo teria recheio
Meu melhor enfim em jogo
ganhar diariamente, sem pausas nem receio
Mas o que esconde o amanha quando o sol ofusca
e nas frases feitas esperar
Em números maiores que zero, em trocas dispersas 
A luz que vimos de longe, a tanto faz sem medo
a tempestade aguardada, da terra molhada
coisa boa de ver
Mantemos viva a vontade, a sombra de galhos
e queira-me antes de todos as falhas
e nelas querer ainda lutar.
A quem chore nos risos e e nos faça molhar
A quem espera na rua pra nos ver corar
A quem sonha de novo 
A quem custa tentar
A um que olha sempre
e ainda deseja chegar....