sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Vômito

O que te importa se é preto ou rosa?
Se ao olhar no espelho não reflete o que olhas
Por que atacar o diferente quando o que sobra são possibilidades
quando até o sangue era pra abrandar, nem teu filho ama pelas costas.
O que te dói dentro do peito quado a felicidade alheia te incomoda?
quando oramos pra outros deuses ou  brindamos outras datas?
Que arma é essa que eu uso quando saio da estrada, quando amo a coisa errada
quando gozo por outras taras?
Que individuo nasce livre parar escolher a mesma historia, que escolha temos
quando cor esta manchada, quando o sorriso vem pela calçada?
Te mata viver em meio ao novo, ou se mata o novo antes que viva?
Pergunto a ti por que do ódio, que vem do ódio por quem não faz nada.
Será impossível viver uma vida sem donos? Pois somos escravos de quem critica.
Viver como se quer atrapalha ate quem nem te conhecia.
É preciso guerra pra entender que a vida é apenas minha?
São tantos olhando para o lado que o próprio pé não vê sujar a casa que se limpa todo dia.
Canto errado as vezes grito e mesmo assim a quem diria,
Voz e boca a quem tem peito e som a quem me ouviria.
A ferida esta se abrindo e o mundo ainda inflama, pois não se cuida o ferimento e ainda fere a quem se ama. Ou ao menos deveria.
Somos todos soldados de uma guerra anunciada, o final não será belo e infelizmente necessário.
O que fazer se um simples beijo é arma em mãos aliadas.
Quando se abrir os olhos para ver, talvez nem faça mais sentido,
tanta briga por nada, por não saber cuidar do próprio umbigo.
Nascemos livres entre aspas, pois a liberdade machuca os olhos dos ignorantes.
Cada um faz o que quer, ninguém precisa acompanhar.
E a pergunta não se cala, sem resposta, armada de tramas e batalhas:
"O que te dói dentro do peito quando a felicidade alheia te incomoda?"
Bastaria seguir o ditado, ou para os fieis a palavra.
Ama teu próximo como a ti mesmo, poi bem, logo se vê que o é amor que esta em falta....

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Despedida

Quando algo morre, não se sabe bem onde
se vai um tempo e algo solido,
por curvas que não serão dadas
ou frases que apagarão no escuro.
Por dias entre valsas e falsetes
no meio fio à espera.
Quem saberá de sua falta
ate que nem ela se reste
Tudo se finda, meio ali meio longe,
e perto aos que buscam.
Sonhar em vão de propósito
e temer em propósito nenhum.
Calmo em poucos a espera acaba
e o vasto dos porquês se aproxima.
Não diferes para um todos em que não se nota
por quem antes então o faria, ser agora realista.
Medo das paredes que se mexem e luzes doloridas
palavras que se perdem, uma vida esquecida.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

FIM

Dentre todas as noites juradas eternas
ficam as memorias de um som que já não se ouve
e por um sonho que morreu
e outros que não passarão de sonhos
Quando somos feitos de medos e orgulhos
sabe se que poderia ter entrado em meados
e liberado em temas melados
enfim sopro adormecido de pedaços amargos
e tudo se basta, e quando acaba não acaba
perdi meus dedos entre palavras vazias
nos beijos mal dados, transmite o passado
somos mais que menos e sombra de nada
no que faço e não sou, e não fui
e o será não terá..
Preso naquela caixa, desejos e fim.

domingo, 2 de agosto de 2015

Madrugada

O que dizer do amor, da magnitude e soberba
alguns sonhos perdidos e muitos outros nem viram
por que seguir em direções contrarias ao pensamento?
definir o perfeito e correr pela beira
não tenho mais tempo, não tenho mais termos
algodão encharcado do sal que escorrega,
nas folhas que caem e dos vidros que quebram
perdido no meio trincado por inteiro
que caminho seguir quando os pés já não voltam
acasos reunidos num fim muito fácil
e não resta destino nem nada que sobre
foi feita a escolha e o ponto na curva
deixe pra mim os cacos do amor
que estrutura a perca do ego
dos moldes da carne
e o sofrer da ilusão
dos campos da persuasão
acabando como os servos do amanha
e frustrados com o amanhecer 
quando o frio e sempre maior antes das 6..

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Enchente

Saímos sem esperanças, dos cantos que nos escondem
entramos em contato em contatos obtusos
com grande força em negação
Contamos os segundos a espera do obvio
e conjuramos o mesmo mantra
na força em negação
Temos cura e não doença, diz quem ainda se soube.
Quando se encontra, ainda frágil
Se espanta ao inocente gesto 
Não contento ao mesmo pranto
muito menos ao notável gosto
- Apenas sorri de volta, aceitei que naquele segundo estava feliz.
Pouco ainda se sabe, mais ainda seria motivo
talvez das grandes dores, talvez não.
e é nesse talvez não, que o sorriso ainda surge.
Nos velhos e novos, ainda resta
e por meio de anjos, nos vem o acaso
daqueles que inundam a casa
e nos obriga a trocar todos os moveis.




sábado, 27 de junho de 2015

Sozinho

O que dizer do  consolo do só
do estar em pouco e remoído atormentado
da incerteza comoda de certezas bagunças
Ganhar por não ser e perder por querer
Passos rasos e concretos 
designados a serem únicos
modelo de sofrimento e planejamento de acasos
por fim nos ignora
o som do que não há e os silencio do entendimento
mais quem não vê não se encontra
e quem sabe você  não nota
o tal do que não foi
e se perde dentre todos
macio e degusta tom a tom.
Carrego um tormento
uma gota do que já foi
e um final do que já é
Meio perdido em historias
de quem foi e quem fica
e ninguém busca
Amanhece e o todo reúne um bom dia ao espelho.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Soneto pobre

Dentro do tempo a cura,
um distorcer da tortura.
Forma noturna de sobreviver
algo parecido ao sofrer.

Como luzes solitárias
num angulo contrario
coágulos de sentimentos
morte sem argumentos

E volta entre todos os sorrisos e lagrimas
cantando na agua fria sem espuma
um sonho novo, um caminho sem rimas

brilhando sozinho de forma única
sinais de uma manha tranquila
um novo futuro que se inicia. 

sábado, 13 de junho de 2015

Esperar

O esperar,dos dias náufragos
e os olhos que afundam
Não são tao belos os dons de quem aguarda?
Por mais horas que nos fazem remoer os travesseiros
Nas tantas sombras que confundem
os longos passeios sob o mesmo céu
E concluir o prolongar e o testemunho de viver
Queremos o mesmo temor outrora renegado
e o frágil desmazelo do passado
e mesmo assim continuar..
O que nos leva a esperar?
Esperança mordiscada de desejos
comprar apostas a mero acaso
tende sempre a dar errado
e o restar do ganho próximo.
O não cansar é algo mágico
renovar o que antes travava
Sobrepor com cores nobres
daquelas que já guarda poeira
das falhas perdoadas
e frascos vazios,
nomes apagados
e tesouros perdidos.
Ao esperar te mostro o novo,
o começo e o vingar
O por que de existir 
o fim de desistir.
Toda historia se prolonga 
até que as paginas acabem,
ou até fechar o livro.
Acabar é a escolha do leitor.
decidi findar aqui.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Sete dias comigo...

Doce sexta vermelha,
como a bebida na qual preencho meu copo nas noites tensas
e suaviza meu pesar em goles curtos.
Nunca fui de matar bebidas, 
assim como refluxo causado por grandes dores.
Muitos mores se desfazem aos domingos,
muitos temores sempre nascem na segunda.
Não se pode contar os dias ao descaso
cada feira tem seu lado de sarcástico.
Posso por muitas terças esperar por um amado
e a cair da noite desiludir os próprios olhos.
Signfico-me em toda parte um sonho bobo
conto naqueles passos o espaço não ocupado
Feriados e afins já nem se tornam,
nem se movem por ser ou não o que se é
No meio, quase corto o que se desfaz, 
preso ali, como cola e grude.
Meu preferido já nem se toca,
apenas vivo, e nem se nota.
A esperança de esperar, do dia que nem se usa
da noite que se acumula, um novo sonho fraco
Por mais que tente, nem faz presença
quanto mais espera os pés já não guentão..
O que o coração não encontra perdido por dentro.
Não se acha em semana alguma, pois não moram no tempo.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

How can I go on?

Então, se seguir pelo certo terás escolhas
e quando ao outro se curvar, iremos torcer
para que ambos se alterem e todos se acomodem
diz-me do que não faz sentido, sonoro desespero
quantos mais dias até saber do obvio
e qual seria seu acaso mais torturante
Seguindo então pelo solitário desejo
de partes que sinuam o trajeto
e quando ganhamos já nem se nota.
Poderíamos ser mais simples e talvez nem notados
e por conta sempre julgados
Quando pródigo tempo  reverte,
se amarga o presente.
não sabemos mais das promessas
do desconforto da alma que se permite
Por mais que o sucesso não convença
terei em mãos poucos argumentos
Antigos velórios serão mais uma festa
contemos pois, nossas memorias
para mais cedo jogar ao seu fim
quem nem se faz nem se fode
Convenso-me de que já não basta se ter
mais querer-te para sempre
Por meias palavras que duram
Sonhos que não morrem
e amores que não nascem.

sábado, 11 de abril de 2015

Refúgio

São como palavras de origem fatal
de um remoto pedaço adormecido
Ser como desperta a seriedade
num segundo se torna e outro se basta.

Contudo de tantos caminhos 
sobra-te cantos por mais desastrados
onde corre por tempos o impulso do obvio
e nada pode curar o orgão falho.

Posso conter certos lamurios
e findar velhos desejos.
Somos de longe o que se espelha
e na falta se consome.

Já nessas tormentas de apenas folia,
monte acampamento em areia  rasa
pois como dizem bocas tolas
ainda ei de voltar algum dia.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Preposições

Dos desejos guardados, e sombras que somem
venho no aguardo sentimental 
de uma esperança sádica.
Dos amores repletos de dança
e uma musica proveniente do nada.
Carinhos densos de ardor matinal
como suspiro refletidos no sol.
Em qual janela surgira o novo sopro da manha?
Conto de fadas arrogante, orgulhosamente fútil
Das palavras que se somam e olhares que se prendem.
Não controlados no tempo,
nas sobras do dia.
Conceito infantil e subliminar
Como descreve meus sonhos.
Dos sorrisos que inundam a alma
e as calhas das portas.
Somos então combo de desejos 
que se transmitem infinitamente.
Das coisas que não existem e te mostrei
meus medos que ja nem sei
Faço de mim um caminho pro céu
e não cumpro promessas de Deus.
Das mais sinceras desculpas ao te amo forçado.
Mais queira assim, que por mais que queiramos a tudo
não se compare ao estarmos juntos no fim.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Reencontro

Me busco nos olhos um sentido de ver
em tantas palavras perdidas um desgaste do ser
por horas calculei o que seria um desvio de mim.
Não tão longe de agir, eu quis pensar.
Sonhar com medida é quase não ir,
e nos passos da dança prefiro seguir.
Rimar nem sempre é gostoso, tanto menos é impedir
se alma sorri não esconda teus dentes
sinal que nem todos tijolos quebraram.
Por mais que uma casa não se construa em poucos dias
já posso deslumbrar do encanto dos detalhes.
E nas estrelas do meu quarto consigo sumir
no silencio das batidas que já não ecoam .
E com sorte terei mais quadros na parede
e na cama mais travesseiros.
Calmo e aleatório, no desvendar dos segredos
do azul inconstante da lentidão 
acordes suaves de um violino perdido
Venha no embalo das nuvens que saem de mim
e no olhar que tão vago me esqueço
entrego alguns desejos. 
Desfiz algumas malas 
e reencontrei aquele menino
Me mostrou que no caminho ainda não estou perdido
Que as lutas não cansam a alma dos bravos.
E a prova do êxito esta nas marcas
que já não passam de historias
que se contam com um café fraco.





terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Para esquecer

E novamente estou aqui
frente as paredes que um dia pintamos juntos
como pude ser tão calmo com a cor preta?
Existiram terceiras chances, quartos erros, quintas magoas
Não fomos bom o bastante, não fomos longe o bastante
Não existe flores por onde andam pessoas sem medos,
o dia clareia pra quem anseia por uma nova chance
olhe as estrelas que sempre brilharam sozinhas.
E quando olho as lagrimas cair, não nego a dor
e quando me sinto vazio não preencho com estranhos
apenas me acalmo e ouço nossa musica
pra me fazer lembrar que foi bom,
fluir o que entope as calhas
e lembrar que assim como a musica vc acabou.
E vai doer e vai ferir
Mais é o que quero.
Quero consumir, quero secar, quero morrer e quero matar
E assim quando a ferida não mais sangrar, terei o corpo leve para prosseguir
e quem sabe preencher  novo os copos, e brindar novas datas.
o por que acabou ja não importa...
vc vai de deixar de ser ao poucos
deixar de estar
deixar de fazer
de incomodar
de existir
assim como nunca foi antes de ser...