sábado, 30 de janeiro de 2021

Outra foça qualquer

 

Se, as vezes e  a frases 

as palavras se confundem

as verdades se misturam

o caminho se perde

outros mesmos assuntos e esperanças

falhas democráticas e constantes

enfim me vejo sobreo e digitando

outra mentira, outro poema

outra verdade que ninguém se interessa

um clamor as vezes nítido

outras ainda escondido

mas não sabe nem meu nome 

nem fez questão de perguntar

então se prive de perder

ganhar é insuperável

cair desagradável

um dia levante

e siga

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Devaneios

    

As vezes eu finjo não ver

tentando não sentir o inevitável

como sonhos recorrentes que não fazem sentido

ou um berço vazio na espera de um anjo

não queria ter falhado tantas vezes

nem mesmo ter chorado por alguns

mas nem mesmo convivendo com a graça

no solo infértil não produz

meu amigo que nem era importante

ou o todo que insiste em retornar

como foi que me deixei ser repetido

logo quando odeio tanto ser o mesmo

tento aos poucos descobrir onde me encaixo

nada tem o que atrai com paixão

ou eu não sei do que se trata tal caminho

só antes disso ainda quebro a minha caixa

e sinto as dores da maiêutica chapada

domingo, 24 de janeiro de 2021

Céu

Eu não comecei nada de novo
Nem tentei reviver nada de velho
Não conheço onde possa cair em desgraçada
Nem me tenho certeza das falas
Meu sonho nada mais é que meu sono
Um doido que prefere ter o vazio na alma
Quem nada se perde ou se acha
Tremores secundários e provocados 
Talvez nem seja questão de tentar
O dolo é maior que o pesar
E prefiro nem mesmo está lá
Com sorte te julgo em segredo 
E a morte rimou perfeitamente
E deixo a tragédia rolar
E levando contigo o desânimo
Acho até que venci certas guerras
Mesmo quando, mesmo onde , mesmo assim
Não tem norte que guie esses passos
Até pôr que o óbvio eu nego
E miro onde não se pode medir

domingo, 17 de janeiro de 2021

foi-se

Queria assim como as horas
Mover a vida a seu favor
Um terço daquilo que eu desejo 
Uma parte daquilo que eu quero

Porém sendo eu único 
Ou até mesmo desajeitado
Serei menos que eu gostaria
Ou mais que íamos sonhei

Existe dias em que nada faz sentido
Outros que o mundo se curva a ti
Pois que nada merece meu amooy mesmo a consideração

Final de tudo é mentira
Um sonho acabado, ou acordado
Meu triste pesar calado
Intuição morta em teus braços

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Egoísta

Somente o caos em si
Causa revolução e resolução

Quem eu poderia ser,
Se não o fruto de uma interrogação
O som de um trovão
O medo de existir
Ou a perda de emoção.

Sabemos pouco sobre tudo
Indagamos o tempo
Perdemos a hora
Sofremos aos poucos

Não mechas no que vive
Diz a regra meio torta
Caminhei pelo caminho
Desviei das ruas tortas

Meu sonho nem de perto vi
Meu caminho achei que perdi
Na vida toda sem um destino 
Na minha casa apenas dormi

Sei ainda que ainda não saberei
Também cantei mesmo não sabendo
Nem precisa de tanto treino ou desapego
Menti pra mim e resolvido

Nos casos menos complicados
Nas batidas que ainda reconheço
Um "eu" perdido ou encontrado
Sorisso falso e imaginado

Nem mesmo antes ou mesmo agora
Dois são o mesmo ou não
Meu ego morre de overdose
Ou caio vivo em compaixão

domingo, 3 de janeiro de 2021

Tortura

Escolhi assim dizer
Como se fosse algo claro
Sabendo eu, do desespero
Encaro os traumas do passado
Me faço um pouco de idiotas
Ou mesmo troco as palavras
Queria ser melhor as vezes
E quem sabe apenas diferente
Somei o que era pra tirar
Meti o dedo no buraco
Quis ter meu ponto de vista
E entortei o cabo errado
E acabei me esquecendo
Caindo naquele mesmo lugar
Onde jurei nunca voltar
Querido qualquer coisa
Me conte sobre você
Nada mais importa
Tirando o fato onde
O fim sofreu bastante
E o dono já não vem 
Nem mesmo representante
Te quer como refém