quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Espelho

Onde está nosso velho padrão torto
O regalo de magia que me ilumina
Seria a forma que entendo de agonia?
Meu nome já rodou na sua bolsinha
As vezes me entrego a ousadia
Mas tenha um certo ponto, e volte
Caminhe pela luz Luiz, mas volte
Eu quis ir lá no fundo e não, tem fundo
Ah de mais alguma dúvida
Favores de dezembro em meados de agosto
Aposto que não sabe nem quem sou.
Mas nem eu, então tá bom.

Fim

Se você não pode ler, caiu da pedra
Foi com água e luz abaixo sendo assim
Me engano dia a dia frente a quem quiser ouvir
Sou quem trama em mim a fama de saber talvez sorrir
Em tantas outras capas pretas e ardor de novo sem fugir
O sangue escorre, a pele esquenta
Nem sei o quanto já sofri
Nem pelo ou pele que me faça desistir
Um sonho morre quando penso em repetir
Aí se estreita o vão da porta e já não cabe observar
Será que vai? Será que fica?
Vamos ver o que virá.

domingo, 19 de agosto de 2018

Carta de despedida

Não sei se alguém algum dia chegará a ler essa publicação, talvez alguém que realmente se importe, talvez um estranho ou talvez ninguém. Eu poderia escrever uma carta tradicional mais minha letra é feia e vai que ninguém entenda.
Gostaria primeiramente de dizer a todos que foi um prazer ter vivido com vcs, minha família, meus amigos e as pessoas que encontrei ao longo da minha vida.
Minha vida... Essa é a coisa mais difícil e linda que eu já vi. Seria muito melhor que a maioria dos filme que assisti, mas como em quase todos alguém morre no final.
Se eu fosse parar pra contar cada motivo que me trouxeram até aqui, a essa decisão que sério, não foi fácil.
Poderia começar falando da infância, apenas uma garoto mega curioso que se achava o mais inteligente, o que mais tinha poderes para fazer algo de bom pelo mundo. Era como a maioria dos heróis contra tudo que existia de mau na terra.
Até conhecer muito sedo a sexualidade e ser avisado por babás, parentes e etc
Talvez por isso iniciei minha vida sexual muito cedo, com pessoas próximas.
Mas nunca deixei de sonhar com as estrelas, os heróis e a glória.
Com o tempo fui percebendo que a vida é muito fútil, me rendi ao sexo aleatório e tentar ter influência social e popularidade.
A essa altura já nem preciso falar que qua do criança era agredido diariamente pelo meu primeiro padastro, não tinha amigos nem saia de casa. Minha única salvação era a a TV e visitas na casa da vó pra encontrar os primos.
Eu tive tantos amores, tantas desilusões, tantos momentos perfeitos e trágicos.
Tudo sempre regado a álcool e drogas.
O tempo foi passando e fui amadurecendo, casa, carro e estabilidade.
Apesar de doenças, e mais desilusões e agora solidão.
Ficar sozinho é a pior coisa que existe, substituir pessoas por o uso compulsivo por drogas TB não.
Hj estou no fundo do poço, perdi amigos, amores, dinheiro e Jajá o trabalho e a vida.
Agora já é tarde... Não fui um herói, não fiz diferença, em dias serei esquecido.
E serei apagado por algum outro momento....
Ao meu amor me perdoe pelas dores, decepções e felicidades que eu jamais poderei te dar.
Irmã, tome um jeito na vida!
Te amo mãe, eu nunca quis te decepcionar. Dá adeus pra minha vó por mim.
Jamais deixem de aproveitar os detalhes do que existe ao redor.
São deles que lembramos segundos antes de partir...

Adeus, se os ET vierem atrás digam que não aguentei esperam fui na frente...
😘

Adeus

Nem toda cela tem suas grades
Como não saio nem vejo o tempo
Preso por mim e pelos erros do momento
Socorro encrustado na sola do pé
Me enterro em domínio do colo do dor
O corpo em tormento se joga no fogo
O fim tão singelo da noite eterna
Escolha difícil e meios espertos
Já estou no limite da conta do bar
A saideira sou eu numa cama de flores
Três punhados de terra e a liberdade sorri

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Dormindo no ponto

Quem disse que tudo passa, não perdeu
O que aponta o cascos não sofreu
Cair nos passos tortos entre o vidro
O mundo sempre dorme
As camas se esquentam
O frio vem de fora, a dor dentro
Quem sou eu?
O que pintava o lago a noite
O sonhador do impossível
Uma criança que morreu
Não corra meu querido
Vem assim que um dia chega
Onde o nada me acompanha
Mais um tolo se fudeu
Quem dera o medo fosse embora
Aquela chuva tortuosa
O desenho e o pão de milho
Meu destino já morreu
Avante então,
A espera é longa pra quem teme
Mais um desejo sem a luta
O fracasso me rendeu
E impossível,
O imprevisto,
O esperançoso,
O meu destino,
Não foi meu, não sou eu
Nem mesmo encontro os porquês
Não tento o novo o de novo
E após perder mais outra vez
A vista é linda pra quem cai sempre de costas
O coma serve de consolo
A coisa lousa aconceteu
A desistência é eminentemente
E o meu domingo amanheceu
Nada volta, nada era, nada muda
O vazio chama, o mundo clama
Sem saber que você e eu
Nunca seremos quem dança ato
Um mundo inteiro atrás da porta
Sem meta de viver
Cadê o sentido da palavra
Quando a fala se perdeu
Apenas espere ansioso
Pelo trem que leva ao longe
O garoto que perdeu.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Tic tac

O tempo não vem ao encontro
Esses novos minutos me comem a alma
Sempre no mesmo, o novo não vem
Cair já virou rotina
Quanto vê já virou a esquina
A verdade ninguém imagina
Quem dera poder abrir esse livro
Contar a lenda do garoto que não sorria
Ninguém se importa com a rima
Se comove já se basta
Na grama mesmo verde
O fogo queima e arde em brasas
Ninguém sabe ninguém viu
Ninguém se importa com a rima
Ou se o poeta aqui mentiu
Se não morreu já basta
A ilusão se torna um hábito
Pra quem nunca desistiu.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Mais sorte na próxima

Houve em algum lugar o antes
Moveu se para longe a locação
Nem sempre o mesmo ou outro tempo
Em forma de soneto ou contradição

Cai da minha cama sem um grão
E fica ali parado a me assombrar
Contrastes de minha sorte e ocasião
Mas teme o fim da noite e não acordar

Fingido meu juízo ou prejuízo
Só perco as horas extras e belo dia
Num sonho ainda vejo algum sorriso

Que agora vá de encontro a liberdade
As grades fincam fundo em minha carne
Enfim eu velo e enterro toda verdade.