segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Nova vida

Frases feitas e completas
Jogo trava em concluir
Faz de conta uma vez
Traz consigo algum refém
Calo o medo e sigo em frente
Vejo flores a crescer
Alma em prantos já não tenho
Como mato a morrer
São três pontos no programa
Fauna e flora de um ser
Conto letras e não números
Fogo queima sem querer
Antes era um sufoco
Hoje grita ao amanhecer
Basta escolha feita certa
E não mentir para você
Mando beijos ao meu lado
E ponho os dedos na roleta
Sorte é pouco pra render
O que eu tenho a esconder
Vamos juntos na fazenda
Onde crio o meu viver
Mente e corpo se completam
E vivo o novo escurecer
Onde fico até feliz
E já nem lembro de sofrer.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Recomeçar

Por tudo aqui e agora
Não se julga o passado impróprio
Fiz questão do erro e incomoda
A fugaz luta sem rumo
Me dei de presente a derrota
E clamei por teu berro lamúrio
Eis que faço uma nova jogada
Entre veias e dores moídas
A verdade alheia atrapalha
E a própria te joga no muro
Ao cair de outra tarde morosa
Me olho e me vejo caído
Não tão breve uma hora levanto
E consigo seguir o caminho
Quem dúvida de mim é o mesmo
Que se olha no espelho partido
Mas de uma vez fui traído e escondido
Do pilar da vertente assumida
Mas me faço entender novamente
Que apenas assim sobrevivo
E sigo em frente aos dentes
E refaço o sorriso perdido.

Espera

Eu me olho, não me vejo
Corro sem rumo mesmo sem pés
Fujo de mim, e encontro o passado
Canto no mudo, não paro pra olhar
Isso vem de outros dias
Da vida passada
Da dor empreguinada
Da luz que não volta
Tento mudar mas a mente não muda
Me prendo nos cantos onde passo
Não sei de onde mas sei porque.
Forte ou fraco, um meio que pende
A forma mais vista da cor dos medos.
Fugir de si mesmo é tão fácil
Cair na real que complica
Fomos de um tempo específico
O tempo é inimigo.
As flores já morreram
Agora só falta o resto
E acabo por ir.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Revolução

Subir nas nuvens e cair em brasas
Foi de onde vim, por onde andava
O que será de tal mano Brown
Nem escada sobe mais ou decola
Foi do céu ao inferno em sua casa
Não procura nem se acha na sacada
Mas não foge nem se esconde da batalha
Quer voltar, quer curar, quer que saia
Neste breve não tão sério ou mudado
Quando volta não se esquece da risada
É um pouco menos mal que um qualquer
Vem comigo e sobreviva dia a dia
Forte e pálido a gente se anima
A parcela de um todo acabado
Espera um pouco e adia decisão
Que me venha outra dose de perdão
Mas me vejo no caminho do milhão
E me adequo a nossa prosa
Sigo incerto da minha vida meio em vão