Modo de usar

E são as palavras, que iniciam tudo

e as que somente poderão terminar.

Não ira se compor de julgamentos

nos quais ninguém pode opinar

Uma faca sempre ira ferir alguém,

Somos o caminho percorrido

o trunfo da batalha

o resto.

E amanhã seremos coroados

pela dor que existe no altar

pela força que fazemos pra sorrir.

O tempo nos guarda embalados

na morte dos sonhos o aguardo.

Na sacola de compras as lembranças.

Apenas uma faca usada errada.

Tudo consagra o momento,

os dias não podem mais ferir,

dos medos que se foram

da tranquilidade que ficou 

e das palavras que voltarão a escrever.

Somos o caminho o meio e o fim..

E iremos aprender a usar facas sem nos cortarmos...

Um dia todos iremos!

Declaração

Não existe por si só maiores danos ao teu ser

que amar-te pouco nessa vida

Cabe ao amor ser completo e radiante

ao seus belos complacentes

Amo-te mais que sonho poder

Amo-te como as pessoas os seus cabelos

e como o suas mães na infância.

Como sorvete que derrete

Amo-te como um rio ama o mar

e amarei também os peixes.

Amo-te por que amo te amar

E ainda amarei quando voltar

Não se pode mais negar

e também amo te beijar.

E como o som daquela chuva

Amo o cair das gotas d'água

Amo o branco dos seus dentes

e também o seu sorriso.

Amarei teus pés por onde forem

e de preferencia que vá comigo.

Amo o amor que existe no mundo.

Amo o mundo por estar nele

e nele achar você.

Amo o amor que sinto

amo saber que você ama comigo.

Pois quem não ama pra valer

pouco conseguirá amado ser.

Amor rimado

Poderia faltar palavras

mais não falta inspiração

De tanto ouvir canções 

eis que faço declarações

Não sou do tipo atrevido

não conto segredos perdidos

não faço rimas zuadas

não tenho medo de tiros

Tão bobo, tão belo sorriso

me fale de flores e vinhos

tenho em você meu abrigo

mas não bebo sozinho

meu lindo, meu anjo

não suma, te amo

mais simples poesia não sei

nunca menti, mais te amei

Vamos tentar, fazer entender

que nunca se espanta

mesmo sem saber

que pimenta arde mesmo sem querer

Tentei ser mais fácil

mais simples e compreendido

falando de amor

e de nada fedido

Se é que me entende 

falei de você

em cada versinho

te amei pra valer

E mesmo bobinho

ainda sinto carinho

por cada palavra

que ei de dizer

Esse pedaço, é maior e mais tenso

é quando eu saio de cena e te deixo abobado.

"Tudo que se lê pode ser esquecido, mais o que

se sente jamais sera apagado"

E pra terminar direi que te amo

não como antes, não estou insano

Agora é tarde, não me peça que pare

Te quero para sempre, até que a morte nos separe.

Estrada

O momento, como ritual atrativo para

todos esses fios que se jogam a minha frente

Nas frases feitas não existe muito significado

preferi o poema,

o efêmero e caótico

Sem sentido de versos

Com as tramas reversas

Nesses cabelos emaranhados

onde nem ideia se acha

melhores tempos aqueles

suaves memorias agora

Tem peso por ter

nem trigo voaria mais leve

mais que algodão sem açúcar

esse meu coração

Já são tantas delas

que quando saem de lá

deixam de ser 

e não voltam

Se existe caminho de volta

não foi nele que eu vim

costumo olhar as arvores

e não as placas.

Acasos

Caso deva-se contar, pois então que se amostre.

Não caíram tantas gotas daquela chuva, 

ainda pude contar, ontem mesmo no espelho pro cara lá.

Ainda fazemos tentativas de se esboçar 

nas quedas dos rebocos ja antigos

Nem calçada nem tijolo, ambos pó

Quase não se identifica tantas cores

Mas o som é sempre acalmador

Dá-me pequenos sopros de notas boas

Consta que bem antes ainda ouvia.

Que nem agora se atrevia

mais montes assim, desvairados 

Vamos lá, podemos até tentar

como busca nula, mais nunca muda

e se cala e mesmo muda se embaraça

ressurgindo dentro dos vasos trincados

Meras flores ,

que alegram o dia

de quem passa.

Mais pra quem soma o obvio

pouco se encanta.

Pra quem não devia nem mesmo nascer flor

Pois vaso nenhum suporta,

raiz tão rasa , que qualquer vento leva.

A Lua e o Mar.

Como encontrar a si mesmo,

Está no vazio por trás dos olhos, são gotas de um sentimento.

Tão forte quanto o próprio movimento,

uma invenção torturante, um triturar de esperanças.

Quando se ouve o vazio, e são berros no nada

Quem ouve? 

Sai de dentro um ecoar silencioso.

Notas fúnebres de um solo de batidas fracas.

Como posso ser o que sou, se meu eu te perturba.

Como pode ser o que é, se o amor me cega.

Me recorte as beiradas desbeiçadas.

Deixe meu sangue correr.

Deixe o mundo girar

Talvez voltemos ao mesmo lugar.

Não solte novamente o que te pertence, 

a agua escoa nas mãos,

mais ainda molha quando cai.

Talvez a dor nos regue as flores.

E na alma, se encontra nossas falhas

na essência de ser, e de não completar.

Como pode a Lua e o Mar se apaixonar?

.

.

.

.

A ilusão, é a esperança do coração,  

pois a marca não some,

e as estrelas na praia são provas

que um dia fomos um só.

A mais fofinha

A o amor que por muitos se admira,
que traz alegrias formosas e calorosos sonhos
Que nos embriaga nesse doce desejo inconsequente de querê-lo
Antes fosse anunciado a ti caro amigo
que do amor morreram muitos, que por lagrimas se esvaíram 
Não se preocupe que ninguém morre mesmo de verdade,
mais que atormenta permanentemente
São tantos os males de amor, como há bons casos tórridos inegáveis

Não se poste perante todos, menos se farta de algum desvio
Não cabe a ti saber de tudo, nem muito menos conhecer
O amor vem de surpresa , quando se vê, ja te comeu
engoliu, digeriu, e teu um baita soluçar
Não chore ainda, agora é a hora
de suspirar e constipar
falar de sonhos e de risos 
Promessas cálidas e marmorizadas
não se prive do insólito

Mais tarde quando o sol tiver poente
tu saberás do que é melhor
é ter por perto e a vida inteira
aquele ardor de bem querer

mesmo quando parece morrer de tanta dor
existe amor pra te aquecer.
pois bem, quem ama ja se farta
e desilude aos que vos tem

a sorte é minha por ti te-lo
que  busque o seu
quem lhe convêm!