sexta-feira, 20 de junho de 2014

Estrada

O momento, como ritual atrativo para
todos esses fios que se jogam a minha frente
Nas frases feitas não existe muito significado
preferi o poema,
o efêmero e caótico
Sem sentido de versos
Com as tramas reversas

Nesses cabelos emaranhados
onde nem ideia se acha
melhores tempos aqueles
suaves memorias agora

Tem peso por ter
nem trigo voaria mais leve
mais que algodão sem açúcar
esse meu coração

Já são tantas delas
que quando saem de lá
deixam de ser 
e não voltam

Se existe caminho de volta
não foi nele que eu vim
costumo olhar as arvores
e não as placas.


quinta-feira, 19 de junho de 2014

Acasos

Caso deva-se contar, pois então que se amostre.
Não caíram tantas gotas daquela chuva, 
ainda pude contar, ontem mesmo no espelho pro cara lá.
Ainda fazemos tentativas de se esboçar 
nas quedas dos rebocos ja antigos
Nem calçada nem tijolo, ambos pó
Quase não se identifica tantas cores
Mas o som é sempre acalmador
Dá-me pequenos sopros de notas boas
Consta que bem antes ainda ouvia.
Que nem agora se atrevia
mais montes assim, desvairados 
Vamos lá, podemos até tentar
como busca nula, mais nunca muda
e se cala e mesmo muda se embaraça
ressurgindo dentro dos vasos trincados
Meras flores ,
que alegram o dia
de quem passa.
Mais pra quem soma o obvio
pouco se encanta.
Pra quem não devia nem mesmo nascer flor
Pois vaso nenhum suporta,
raiz tão rasa , que qualquer vento leva.