Sem provas ou certeza que coisa alguma
Percorre em meu peito a dor
E desce ao meu lado e pesa as mãos
Furtivo sobre as telhas e seus gatos
Amáveis por ser livre e não domado
Meio que sobra a respiração
Falta o fôlego pra dizer não
Se antes a culpa era de qualquer um
Hoje a mágoa se basta em casa
As flores que existiam são agora traças
E as novidades se separam o dia todo
Canteiro morto de abril
Facilitando o seu velório
Como se fosse pra dormir
Nem sequer pestanejar
Ou se esquivar..
Sigo em rota repetida.