domingo, 30 de setembro de 2018

Medo 2.0 - Da serie : Por trás daqueles muros

Medo bate a porta
palavras sopram ecos e ruídos
janelas abertas fazem as cortinas voarem
e tudo fica mais tenso
Saia de mim esse som
novamente o teor do ruir
meu clamor já nem é mais por mim
Som bem mais forte que antes
façam  de todos os flancos
a luta nem é mais por mim
é por quem foi, é por nós
que nem sei se é ou se foi.


Tempo parado - Da serie : Por trás daqueles muros

Passa dia, passa noite
cai o céu sobre meu dorso
nada muda, tudo se cala.
Desfiz a mala por precaução
quem sabe assim mude o amanhã
não muda, tudo tem hora
tem data, tem local
hoje sufoco no calendário
e amarro os números desamarrados
parece o mesmo, igual
nada muda, tudo espera
nada comemora a não ser o caos.

Em mim - Da serie : Por trás daqueles muros

Adormece o ser em mim
Faz-se o corpo o tormento
angustia mora no sofrimento
o sopro calmo da maré
fria é a água da piscina
morta como a pele da lagarta
e habita na janela da casinha
que jorra fora da sua alma.
Dedo unido ao seu por força.
Cante comigo a fome inerte
e fume a questão fundamental
de não saber-se de si mesmo
ou de quem é mais igual.


Mais um - Da serie : Por trás daqueles muros

Quem sou eu senão mais um
Hebreu na baleia num mar qualquer
evitando o caminho do coração
sucumbi por tesouros 
por portos mal feito
um Jonas qualquer entre as sombras
irritado com o vento
ira pelo que É, não mais
vinde a mim sonho meu
me dê coragem para sorrir
e alçar voo por Nínive. 

Casulo 2 - Da serie : Por trás daqueles muros

Ahh Lagarta, quanto tempo falta
quão longe estas da arvore 
do alimento que fortalece
do casulo, da transformação.
Sobe lenta e coma muito
fique linda e crie asas
voe o mundo da imaginação.

Fumaça - Da serie : Por trás daqueles muros

O som vindo ao fundo
fúnebre omo fumaça de cigarro
A de cair por nós todos
os mesmos de antes e agora
o tempo se foi e não para
os erros cometo em sequencia
o sangue derramo em recompensa.
Foram guiados por grandes
amigos que foram e não estão
me restam palavras 
e o surdo silencio da noite
De nada, obrigado e adeus.

Vento do norte - Da serie : Por trás daqueles muros

Vento sopra, calmo e frio
como a rosa que seca atoa
molha ela na minha mão
não deixe o teto cai no chão.
Suor da noite escorre agora
mente sobre quem fui la fora
no rosto a torpe da solidão.
Me mostre o peito do seu amado
não corto a arvore do meu terreno
mas trago adubo pro meu arado
folhagens se vai coo por magica
os dedos já duros pelo gelado
frio tormento do coração.

Perda - Da serie : Por trás daqueles muros

Nela creio, se possível
Nela mora meu sonho
Ela vive em  mim
Na pele
Na carne
Na alma
No coração
A rosa azul que
vive morta não mais perde a razão.

Pulo do Coração - Da serie : Por trás daqueles muros

Sonhos fazem o coração pulsar,
colorir o ar, acariciar a alma
Temo a realidade, das coisas, da vida
O formigar onde antes não tinha cocegas 
Por que vens perturbar?
Meu sono, meu ronco, meu trono?

Pena - Da serie : Por trás daqueles muros

Nas asas de um pássaro
guia meu penamento
salto no celeste azul
calmo quando toco o vento

Serás tu, magnífico em mim
faz crescer a virtude dos homens
No soar das trombetas 
E findar dos meus medos

Vem do céu o teu brilho 
O calor que afaga
que aquece meu peito
faz encher minha alma

Ansiedade - Da serie : Por trás daqueles muros

O que será depois?
O que vira amanha?
Quando o sol se por?
Quando o amor morrer?

A noite trás as duvidas
o costume do costume
respiro por indução
contei vinte, mas não são.

Ouvi dizer, vago, vaguei...
O que é exato não sei
por todos os dias que aqui fiquei 
e todo o nada que é certo terei.

Voar - Da serie : Por trás daqueles muros

São tão pequenas
palavras que vindas
voam de cima
caem em mim
ninguém vê, o tombo é meu
acostuma-me com ti
o seu clarão.
Força que foi e nunca possui
foi meu e seu
não de quem falou
palavra ruim
um voo sem fim...

Não tão pequeno principe - Da serie : Por trás daqueles muros

Havia um pequeno
não tão pequeno
mais tinha rosa
não era viva
não tinha planeta
mas cativava
ou pelo menos
ele achava
não voava
nem conhecia reis
não sabia muito
ou quase nada
no deserto faleceu
por veneno do que
achava que o amava
vive entre as estrelas
sozinho, assim como esperava.

sábado, 29 de setembro de 2018

CAI? - Da serie : Por trás daqueles muros

Ela mata, me cutuca
persiste em mim
tento fazer um fim
nem sei
cai?
talvez,
mereço o caos,
o ódio, a dor?
Amargo corte
que orgulho em ter
em ver
Sorrir?
um dia
talvez...
Da cela da vida
que há em mim
a cor e o cheiro
da sorte
o preço que pago
pelos erros
de outrora.

Broto - Da serie : Por trás daqueles muros

Flor da luz que seca morre
molhe a água em seu caule
diga as dores eque a reguem
cresça forte em minha carne

Novo broto, próximo inicio
espera rija de folhagem
falta força, falta coragem
adube o solo e nada falhe

Quem disse que era pra ter?
Por mais vezes sopro ao léu
dizem que que conversar te faz crescer
se for assim chego ao céu.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Fragilidade - Da serie : Por trás daqueles muros

Tão frágil se tu és
quanto ao tempo ao seus pés
corre quando não deseja
para e morre se quiser.

Não fui feito ao seu modelo
caro é ouro que não uso
vejo o sol se por aos poucos
fecho os olhos e não durmo.

Meus pesares pesam quilos
nos meus punhos já cortados
voa voa reloginho
só não espere mais meus prantos.



Gaiola - Da serie : Por trás daqueles muros

Inspirado pela angustia
causadora de rimas
faço até um livro,
se caso assim quer a vida
Preso contra o desejo
de voar para sua gaiola
procurei esse drama
mas ainda é hora.
Queria sono, sonhar contigo
correr por vales verdes
me acolher em seu abraço abrigo
O tempo é inimigo dos amantes
dos pecadores e dos fumantes
A brasa apaga, o amor inala
como a nicotina flamejante. 


De Banheiro - Da serie : Por trás daqueles muros

Neste comodo ensosso
trago fundo esse maço
nem me faço ou satisfaço
a vontade de ti.
De amor nem falava
só de dor e de morte.
Mas por ti mudo a rima
Faço prosa e com sorte
Um poema e banheiro
Nem tão tarde ou cedo
Quais palavras usas
Nem os remédios que tomo
fazem calar ou somar
o coração te procura
nas cantigas do ar
meu Marcelo querido
como amo te amar.... 

Noitada - Da serie : Por trás daqueles muros

A estada na penumbra 
a folha seca no chão
voa fria ao vento
e esfria meu coração.

Na alma fúnebre
dor lancinante
corta como navalha
sangra como pele
minha pele no chão.

Fui sem rumo na vida
encontrei caminho algum
o ronco do monstro da dor
lacrimeja noite a fora

Ante tudo que vivo
sonho contigo meu bem
me salve desse vazio
que eu mesmo criei.


Cadê - Da serie : Por trás daqueles muros

Você sumiu
Deu oi se foi
cade agora
não se de ti

Porque não mais?
Desistiu de mim?
Meu riso deixou de sorrir
Sorria por ti, hoje cala
por sua falta

Teria o tempo afastado
Os sonhos morridos
Por falta de mimos

Cadê você?

Dedos - Da serie : Por trás daqueles muros

Calado no vento
Troco palavras com o muro
Tão mais simples respirar
Notas densas, água fria
Sou menos o que era ontem
Se cair faz parte
meu todo se esvaia
nos dedos da alegria.
Todo ao longe, minha arte
Abro o peito para a rua
Onde encontro aquela esquina
Portão que não passo
Por fora o silêncio
Dentro desespero
Gritos de socorro
não me deixam dormir.


quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Ansiedade

A euforia se joga da sacada
Como livros na mesa jamais lidos
Um plano a par de nós
Um quase perfeito
A espera de um tico de tempo
Eis que somos assim
Como um documento arquivado
Prestes a ser digitalizado
Uma poesia, uma prosa um poema
Uma vírgula na segunda feira
Um ponto e vírgula pra ser sincero
Queria ser reticências
Eternamente grato pela vida
Quantos mais dias virão
Para escrever essas informações
Vem a mim todos desinformados
E quem mais quiser e esperem por nós
E nosso eterno final de tarde feliz por hora.
Até mais logo e amém.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Bagunça - Da serie : Por trás daqueles muros

Já não sei quem sou
Mas estou para saber
Confusão faz parte de mim
Medo e angústia também
Posso ver e perceber
Das coisas que me fazem falta
E a importância que não dava a ninguém
Ainda quero o mesmo de antes
A vontade e uma barreira
As razões agora vou descobrindo
Ninguém está pronto parar ser sozinho
Nem eu
A minha mente sem acaba me traindo

Casulo - Da serie : Por trás daqueles muros

Bela lagarta
Sobe, sobe sem chegar
Se cair não volta
Se ficar não vai
Borboleta nunca foi
Talvez nem será
Morreu ao lado da planta
Que iria à transformar
As patas em asas
O sonho em realidade
Desistiu sem ao menos tentar

Calor - Da serie : Por trás daqueles muros

Houve um dia
Talvez um caminho
Sonho que dói
Pedro nos punhos
Como por dó
Sofro de medo
Aqui já sozinho
Aqueça o desejo
Na perda dos dias
O frio dos olhos
Comi e ainda esfomeado
Fiquei, sofri em meu canto.