sábado, 27 de maio de 2017

Licença

Viver e perceber, não apenas passar
Observar os cuidados, sentir o luar
Já vi lances casuais se tornarem casamentos
E amores eternos virarem desconhecidos
Sonho morto, renascido
felicidade ir embora
Amanhecer sendo surpreendido.
Testemunhei casos e acasos nobres
Não tão ricos ou muito pobres
Cantei mal varias canções, 
me intimidei por grandes corações
Perdi dente, dinheiro e ingenuidade
Ganhei peso, amigos e maturidade
Tive partes destruídas e remontadas
e outras que ainda espero a cola
planos grandes e tempo vago
dias corridos e desastrados
Quebrei uns ossos, algumas louças e a minha cara
torci o nariz e abri a alma
Comidas queimadas e amizades falsas.
E nada me disso que o hoje seria assim
nunca contaram que os sentimentos podem fingir
E nem me pouparam das tristezas por vir
Mas semeio o terreno pra vê-lo florir
Viver sem  ter medo de amar ou sorrir.
E espalhar o meu jeito a quem permitir.









quarta-feira, 24 de maio de 2017

Despedida

Não é mais um sobre o fim,
ou como tudo acabou,
é sobre o que foi e o que ficou,
de todas as coisas boas que restaram
e os pensamentos que me buscam nas noites sem dormir
Sobre o espaço vazio, e o tempo gasto
bem aplicados em beijos melados
no cantinho rabiscado
no seu lado agora vago
passo que doou mais largo.
Tem um tempo que não suspiro,
e pouco a poco já respiro.
Quantos dias mais preciso
pra tirar de minha mente
Necessito de ir mais longe
só que paro de repente
cato os elos do caminho
e refaço a corrente
um sufoco escolhido
o ar contido no quartinho
sempre será e sempre estará
porem agora esta contido
ficaremos eternamente juntos como prometido
na lembrança e no sorriso escondido
e nos sonhos mortos jamais esquecidos.

domingo, 21 de maio de 2017

Chuva

O que a chuva te causa,
se não tristeza, alegria
depende do dia ou da companhia
O que resta da noite, o amor como ponte
Se esta quente ou se te esfria
o que molha sua mente, se o assunto esvaía
Cada gota de montes, de opiniões contrarias
Fiz meu calmante e atirei-me na cama
com o som do roupante em calhas da alma
Chuva separa os amores dos amantes,
os que sofrem sozinhos e os que trocam caricias
Buscar em noitadas o que havia ou não tinha,
conta os mais próximos que antes jogava
brincava com vários e aos poucos cansava
e no quarto sozinho as vezes chorava.
Mas fingia ouvir chuva, das que nada molhava.
Tem o outro que beija, que sonha e deseja
é de dois, é mais fácil, é tranquilo, é estável
até o a hora que chove é tão lindo é notável
Cada pose um melodromo assobio escondido
e um abraço atirado em 5 almofadas e 1 apelido.
Não conte pra água, que ela traz dores, males e sorte
Se a pego e resfrio, de certo não volto.
mas quem ouve ainda escolhe se vive ou se morre
Só te abri pra lembrar que nem tudo se perde
quando molha, se lava o que antes te fere
E depois tudo é mas fácil de se completar
se cada um tem seu lado da historia
só nos resta findar.