sábado, 27 de maio de 2017

Licença

Viver e perceber, não apenas passar
Observar os cuidados, sentir o luar
Já vi lances casuais se tornarem casamentos
E amores eternos virarem desconhecidos
Sonho morto, renascido
felicidade ir embora
Amanhecer sendo surpreendido.
Testemunhei casos e acasos nobres
Não tão ricos ou muito pobres
Cantei mal varias canções, 
me intimidei por grandes corações
Perdi dente, dinheiro e ingenuidade
Ganhei peso, amigos e maturidade
Tive partes destruídas e remontadas
e outras que ainda espero a cola
planos grandes e tempo vago
dias corridos e desastrados
Quebrei uns ossos, algumas louças e a minha cara
torci o nariz e abri a alma
Comidas queimadas e amizades falsas.
E nada me disso que o hoje seria assim
nunca contaram que os sentimentos podem fingir
E nem me pouparam das tristezas por vir
Mas semeio o terreno pra vê-lo florir
Viver sem  ter medo de amar ou sorrir.
E espalhar o meu jeito a quem permitir.









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