quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Espera

Eu me olho, não me vejo
Corro sem rumo mesmo sem pés
Fujo de mim, e encontro o passado
Canto no mudo, não paro pra olhar
Isso vem de outros dias
Da vida passada
Da dor empreguinada
Da luz que não volta
Tento mudar mas a mente não muda
Me prendo nos cantos onde passo
Não sei de onde mas sei porque.
Forte ou fraco, um meio que pende
A forma mais vista da cor dos medos.
Fugir de si mesmo é tão fácil
Cair na real que complica
Fomos de um tempo específico
O tempo é inimigo.
As flores já morreram
Agora só falta o resto
E acabo por ir.

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