terça-feira, 31 de maio de 2016

Eu me lembro...

E lá estava eu, não mais que inconsciente diante do pressão que teu olhar me causava, por dias havia imaginado o quão magico poderia ser esse momento. Teria então como explicar o calor que tão pouco conhecia? Pensei então nas pradarias onde jamais corri, e das flores que jamais havia sentido o perfume. Quem poderia me submeter a esta prova do subconsciente se não eu mesmo? Voltei para mim já não estava estático, porem ainda era uma estatua. E se eu não saber pronunciar seu nome, antes tantas vezes cantei letra por letra no canto da sala, escritos no canto da folha, onde teu coração cruzava uma flecha meio torta, onde meu nome e o seu eram separado por uma clave de sol que em nada entonava um acorde romântico. Não sabia coordenar minhas mãos nem mesmo meu piscar, pensei que ficaria cego, que nunca mais voltaria a piscar, que dali me levariam direto pro oftalmologista com sintomas de cegueira causados pela beleza daqueles olhos que estavam logo ali na minha mira. Quando achava que passaria como despercebido, entre outros que não lembro de ter visto mais disseram que eu me fazia de difícil, meu corpo sente a vibração do ar, seus lábios se abriram e fecharam de uma forma tão lenta e segura de si, lembro de meu coração parar por dois segundos e meio, do ar circular meu pulmão, até pude sentir a terra dar uma leve feriada e você disse com sua voz de quem sabia os segredos do universo:
_ OI...

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