quarta-feira, 9 de maio de 2018

Campestre

Ah se eu pudesse, 

Entrar num campestre
Me cobrir de folhas
E correr entre as flores
Sorrir sem motivos
Temer pela chuva
Me encantar com o brilho.
Fogo na rama, queimar minha alma
Torrar meus dedos, sufocar minha calma
Matou meus sentidos
Findou a espera.
Me leve contigo,
Me faça poeira
Me torne o adubo
Que faz crescer a madeira
Tem vezes que o fim
Tem dias que o não
Mais longe que então
Me enterre no chão.
E cresço talvez.

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