segunda-feira, 26 de novembro de 2018

A cura

Sou o que só fica
Dentre todos, o que se habilita
O caso perdido do caos
A forma brutra que necessita
Sombras que cercam o Vinhedo
O calar da memória perdida
Quem vive fora do tempo
A sobra de vida contida
Parte de um todo anulado
Corpo que vaga em pedaços
Metáfora de mim mesmo
Ruína jamais descrita
Junto ao tempo inimigo
Cansado de voar sem ter asas
Na espera de flores sortidas
Na cama onde sempre deitado
Forte aparência de glória
Inerte porém sem sucesso
Aqui nas doses de trauma
Julgado por si condenado
Levando o sorriso escondido
Vivendo em um mundo nublado
Na busca do prêmio esperado
Com longos espaços fechados
Mas como já fiz o ditado
Melhor quente que na chuva molhado
Na missão de achar significado
Para uma vida sem grandes achados
Mas a fé nunca morre de fato
E quem sabe me encontro guardado
E reciclo o que tenho esperado
Sem um pingo do meu eu já a amargo
Na esperança do doce doado
Entre sonhos de um corpo curado.

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