terça-feira, 18 de agosto de 2009

FRIO

Vento gelado,
resfria o calor das lágrimas
Das lembranças mais puras
Dos dias mais belos
Promessas que não chegaram a se realizar.
Sonhos que compartilhamos
Vida que dividimos
Tempo que se esgotou.
O mesmo frio que atrai os corpos,
Que hoje me congela
No vazio do meu quarto.

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Sopro

Todas as palavras perdidas
São como pulsos cortados
Que o sangue não estanca
Que a boca não repete

Todos os dias doidos
descem pelo morro como agua
inundam os esgotos
e não passam de lembranças

Não fique na margem
não suba no barco
Não tenha medo de se afogar

Na sua frente há mais caminhos
No seu mundo é mais possível
" não sopre em meus ouvidos"


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