sexta-feira, 19 de abril de 2019

Sem luz

Onde estávamos quando se foi
Acabou a luz e a paz também
A flor murchou, secou, caiu
Meu nome errou e se mudou
Galhos longos e quebrados
Faca afiada que entrou
Minha vida se perdeu
O amargo derretido
Se enterrou ainda vivo
A cada cai pouco a pouco
Mas se a escada não chegou
O cordão já se cortou
Foi um dia, já não é nada
Hoje dorme na sacada
Só não pula por preguiça
Mas se vai sem que perceba
Ainda foge da certeza
E se apaga em brasas na clareira
Um dia vai...
Um dia acaba.

Nenhum comentário: