segunda-feira, 5 de junho de 2017

Leia-me

Leia, ou não leia se temer 
Mas te conto variáveis e danos considerareis
Onde o caminho se tornou ingrato
Se pode ouvir de longe meu suave murmurado
Quatro vezes desolado, em muitos dias separados
Fui de de encontro a meu amado
Matei aula e fui me embora
Não podia falar de horas nem de pássaros na gaiola
Não prenda o belo pardal do mundo 
ou prenda e mate-o com ternura
Fiz tua cama, deite agora.
O leite chora e se derrama
Comumente sou de drama, de transpor o que me espera
Morri de amores e dissolvi em dores
por tantos e tao poucos
Será destino e carma as flores
que nunca duram em meu jardim?
Cata o vendo na janela e sopra o dorso de marfim
Trago novidades e alguns detalhes que há de vir
De gargalhadas que as vezes imploro
mais que o brilho de sol no outro
Faço plena minha memoria mas esqueço por que choro
Contei segredos bem guardados e por hora é o que basta
quem sabe em breve a vida tenha alguma graça. 



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