Dos planos que faço, da hora que passa
Das flores que dormem a fumaça que sobe
Da casa que cai da chuva que molha
Da roda, da força e da fé que me abraça
Da cama que deito, do agora
Do ontem, do passado, do pássaro
De quantos e tantos, dos que se foram
Da semana, dos que se enganam
Da lua e da estrela
Do escuro, do breu
Do eu e do seu
Do que ainda é meu
Por suas dores, cores e flores
Situados em rancores e dores
Amanhã faço acontecer
o que hoje ainda planos, domem
no seio do meu ser.
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